Por Patrícia Lisboa

Após a decisão do Governo do Estado de colocar todas as regiões paulistas na fase vermelha, a mais restritiva do Plano São Paulo, de sábado (6/3) ao dia 19 deste mês, o prefeito de Indaiatuba, Nilson Gaspar (MDB), em transmissão ao vivo (live), na noite desta quarta-feira (3/3), apresentou as medidas que vão vigorar no período.

O prefeito respondeu a pedidos que, segundo ele, circulam em redes sociais, para que Indaiatuba não feche o comércio não essencial. “Quando vem a decisão de cima (Governo do Estado), a Justiça nos obriga a seguir as regras. Se eu não fizer isso, acabo respondendo processo, cível e criminalmente, pelas mortes que acontecerem por covid na cidade”, explicou Gaspar.

“Entendo que a culpa (pelo avanço da covid-19) não é do comércio. Além do vírus, o causador de tudo isso é a irresponsabilidade de algumas pessoas que insistem em fazer aglomerações, em fazer festas”, acrescentou.

Para coibir as festas e aglomerações, o prefeito prometeu rigor na fiscalização. “Vamos agir de forma dura, enérgica, vamos pegar pesado em cima disso”, garantiu Gaspar.

A secretária municipal da Saúde, Graziela Garcia, frisou que o distanciamento social é imprescindível, neste momento, já que a cidade está com alta transmissão do vírus. Somente nesta semana, já foram registradas seis mortes. Por dia, estão sendo confirmados, em média, 80 casos da doença.

ESCOLAS

Em Indaiatuba, seguindo o Governo do Estado, as aulas presenciais nas escolas da rede municipal – que foram retomadas no dia 8 de fevereiro – serão mantidas durante a fase vermelha, com o limite de 20% da capacidade. A presença do aluno não é obrigatória e não haverá mudança nas regras já estabelecidas.

Segundo a secretária municipal de Saúde, Rita de Cássia Trasferetti, as escolas da rede particular também podem permanecer abertas. O entendimento é que a escola é um serviço essencial.

No momento, na rede municipal, cerca de 12 mil alunos estão frequentando as aulas presenciais uma vez por semana, com o limite de 20% da capacidade.

“A escola fica aberta para quem precisa”, frisou Rita.

MEDIDAS

A secretária municipal de Relações Institucionais e Comunicação, Graziela Milani, elencou as atividades permitidas e proibidas na fase vermelha. (Confira nos quadros abaixo). A secretária cuja Pasta também é responsável pelo Departamento de Fiscalização destacou que as aglomerações serão dispersadas em qualquer horário e especialmente, das 20h às 5h – que é o período do toque de restrição decretado pelo Governo do Estado.

As atividades religiosas podem ser realizadas na fase vermelha até às 20h com 35% de ocupação.

A partir de amanhã, o Paço Municipal vai reduzir o atendimento ao público em duas horas. Assim, o funcionamento será das 8h às 15h, de segunda a sexta-feira.

VACINAÇÃO

Até esta quarta-feira, 9.900 pessoas receberam a vacina contra a covid-19 e 3.763 também já tomaram a segunda dose, em Indaiatuba.

Amanhã (4/3), os profissionais de saúde que completaram 28 dias da primeira dose da CoronaVac tomam o reforço.

Na sexta-feira (5/3), será aplicada a segunda dose da CoronaVac nos idosos acima de 90 anos.

No sábado (6/3), será a vez dos idosos de 80 a 81 anos de idade receberem a primeira dose do imunizante.

Para todos, o atendimento é feito no Centro Esportivo do Trabalhador, na Avenida Conceição, 1885, Cidade Nova 2, das 9h às 16h, em esquemas drive-thru e convencional, para pedestres.

Ainda não há previsão para a vacinação do grupo de idosos de 77 a 79 anos. A imunização depende da chegada de mais doses para o município.

O prefeito e a secretária municipal de Saúde também informaram que Indaiatuba fará parte do consórcio para a compra de vacinas. Para tanto, terá de ser criada uma lei municipal. O prefeito lembrou, porém, que a dificuldade deverá ser a disponibilidade de doses da vacina para a compra pelos municípios.

NÚMEROS DA COVID-19

Indaiatuba totaliza 361 mortes e 15.221 casos de covid-19 desde o início da pandemia. Dois óbitos e mais 86 casos foram confirmados nesta quarta-feira.

A taxa de ocupação dos leitos de UTI é de 100% no Haoc, de 100% no Hospital Santa Ignês e de 75% nos leitos alugados pela rede municipal de saúde. Nas enfermarias, a ocupação é de 67% no Haoc e de 93% no Hospital Santa Ignês.

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