Por Patrícia Lisboa

A Prefeitura de Indaiatuba, em nota divulgada nesta segunda-feira (22/3), além de informar o esgotamento dos leitos exclusivos para pacientes com covid-19 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e a existência de um paciente na fila de espera por vaga para tratamento intensivo – também alerta para o risco de falta de medicamentos para intubação, no Hospital Augusto de Oliveira Camargo (Haoc), o único que atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no município.

Segundo a nota, neste ano, por mês, estão sendo consumidas 30 mil ampolas de medicamentos, como analgésicos e relaxantes musculares, para sedar os pacientes que precisam ser intubados – um aumento de 13 mil unidades em comparação com o ano passado, quando a média mensal era de sete mil ampolas.

No mês passado, em live (transmissão ao vivo) junto com o prefeito Nilson Gaspar (MDB) e a secretária municipal de Saúde, Graziela Garcia, o diretor do Haoc, Ronaldo Garcia, já havia comunicado o aumento expressivo do consumo de medicamentos para a intubação de pacientes com covid-19, como informou o Blog da Pimenta.

“A produção destes medicamentos não está vencendo a demanda”, observou o prefeito, naquela live.

Na ocasião, o isolamento social foi a estratégia apontada para a saída da crise.

NÚMEROS DA DOENÇA

Desde o início da pandemia, 16.242 pessoas contraíram a covid-19, em Indaiatuba, sendo que 396 morreram e 15.767 são consideradas curadas ou estão em recuperação domiciliar. Nesta segunda-feira (22/3), foram confirmados mais dois óbitos e 40 novos casos. Ainda há 882 casos suspeitos.

INTERNAÇÕES

Hoje, há 118 pessoas com sintomas de síndrome respiratória internadas nas alas para a covid-19, no sistema de saúde de Indaiatuba, sendo que 79 já têm diagnóstico confirmado para a contaminação pelo coronavírus.

Do total de internados, 77 estão em leitos clínicos (enfermarias) e 41 estão em leitos das UTIs.

A taxa de ocupação dos leitos é de 100% no Haoc e no Hospital Santa Ignês, da rede particular. Os leitos alugados para o SUS de Indaiatuba, em hospital particular de Arthur Nogueira também têm 100% de ocupação.

Nas enfermarias, a ocupação é de 93% no Haoc e de 95% no Hospital Santa Ignês. Não há leitos alugados para o SUS em enfermarias.

CONFIRA A ÍNTEGRA DA NOTA:

“A Prefeitura de Indaiatuba por meio da Secretaria de Saúde informa que o Hospital Augusto de Oliveira Camargo, o qual atende o SUS no município, está passando por uma alta demanda de pacientes que necessitam de internação como resultado do aumento da transmissão da Covid-19. A taxa de ocupação chegou a 100% tanto de leitos de UTI como de Enfermaria, assim como o Leito de UTI Externo adquirido pelo município em Artur Nogueira. Nos últimos dias, os leitos de enfermaria Covid-19 ampliaram de 48 para 60.

O consumo de medicação para intubação de pacientes está muito elevado, o Haoc tem recebido diariamente a medicação, mas em quantitativo reduzido, com risco de desabastecimento. Atualmente são consumidas 30 mil ampolas por mês, no mesmo período do ano passado eram consumidas cerca de 7 mil. Referente ao oxigênio a situação é estável pois o Haoc é dotado de uma usina própria que produz aproximadamente 70% do que é consumido, o restante é entregue por fornecedor o qual está em dia com a demanda.

Referente aos leitos de UTI o município mantém 28 unidades do SUS. Os pacientes que evoluem para condição de tratamento intensivo, ou chegam neste quadro clínico no Haoc, são atendidos com todo protocolo de UTI, mas em salas emergenciais. Os mesmos também são inseridos na CROSS (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) do Estado de São Paulo para aguardar transferência. Atualmente há um paciente nesta situação, no entanto essa demanda sofre oscilações diárias”.

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