Por Patrícia Lisboa

Em Indaiatuba, as chuvas dos primeiros 20 dias de 2022 são menores do que as do mesmo período de 2021, que foi considerado um dos piores anos em índices pluviométricos, que impactam no sistema de abastecimento de água para a população. São 102,80 milímetros deste ano contra 138,20mm do ano passado, uma diferença de 35,4mm a menos, de acordo com o pluviômetro do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) instalado no bairro Pimenta.

Por enquanto, o dia mais chuvoso deste ano foi o Ano Novo (1º/1), quando foram registrados 19 milímetros.

Nos 31 dias de janeiro de 2021, choveu 170,20mm. Portanto, para este mês se equiparar com o mesmo período do ano passado, ainda é preciso chover mais 67,4mm nos próximos 10 dias.

Mas, de hoje (21/1) a domingo (23/1), por exemplo, as chances de chuva, em Indaiatuba, são pequenas, variando entre 20% e 30%, segundo meteorologistas.

Os baixos volumes de chuva neste período em que elas normalmente deveriam ser mais abundantes – já que uma das características do Verão são as chuvas mais volumosas e frequentes – preocupam, já que impacta no fornecimento de água para a população, com a redução dos níveis dos rios.

Para se ter uma ideia da redução das precipitações, cinco anos atrás, em janeiro de 2017, a chuva acumulada, em Indaiatuba, foi de 367,10mm, enquanto em janeiro de 2021 foram 170,20mm, menos da metade.

Durante todo o ano passado, o volume acumulado de chuva, em Indaiatuba, foi de 862,1 milímetros, segundo a medição do pluviômetro oficial instalado pelo Saae, na Estação de Tratamento de Água (ETA 3), localizada no bairro Pimenta. Essa foi a menor quantidade de chuva em um ano já registrada desde o início das medições em 1988, há 33 anos.

ALERTA DO SAAE

O superintendente do Saae, Pedro Claudio Salla, já vem fazendo alertas sobre a preocupação com a falta de chuvas volumosas e, hoje, em nota, reforça: “Os dados para o primeiro trimestre de 2022 apontam que podem ocorrer chuvas abaixo das médias históricas, no Estado de São Paulo. Os efeitos da baixa disponibilidade hídrica foram expressivos e persistentes na região no último ano. Por isso, cada gota de água deve ser armazenada durante o período chuvoso para que se tenha como atravessar o período de estiagem. Pequenas mudanças nos hábitos de consumos podem garantir que este recurso esteja disponível mesmo em período de escassez hídrica que segundo estudos, tendem a acontecer com maior frequência devido às mudanças climáticas no planeta”.

COMO ECONOMIZAR ÁGUA

Evite banhos demorados;

Mantenha a torneira fechada ao fazer a barba e ao escovar os dentes;

Antes de lavar os pratos e panelas, limpe bem os restos de comida e jogue-os no lixo;

Deixe a louça de molho na pia com água e detergente por uns minutos e ensaboe. Repita o processo e enxágue;

Adote o hábito de usar a vassoura e não a mangueira para limpar a calçada e o quintal de sua casa;

Não lave o carro durante a estiagem. Caso precise, use balde e pano para lavar o carro em vez de mangueira;

Use regador para molhar as plantas no lugar de mangueira;

Utilize a máquina de lavar somente quando estiver na capacidade total;

No tanque, feche a torneira enquanto ensaboa e esfrega a roupa;

Mantenha a válvula de descarga regulada, e conserte imediatamente vazamentos.

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