A Secretaria de Saúde de Indaiatuba vai participar da Semana Estadual de Prevenção e Controle da Leishmaniose Visceral, com ações na cidade entre os dias 8 e 14 deste mês. A doença infecciosa pode atingir pessoas e animais, como cães, se não houver controle e mecanismos para a prevenção.

Neste ano, em Indaiatuba, foram registradas 12 notificações com suspeitas de leishmaniose canina, que foram recebidas de estabelecimentos veterinários e do Centro de Reabilitação Animal (CRA). Do total de notificações suspeitas, quatro tiveram resultados de exames positivos para leishmaniose visceral canina, de acordo com os exames laboratoriais.

Agentes de endemias estarão em visita à diversos pontos de Indaiatuba falando sobre o tema e distribuindo folders explicando mais sobre o diagnóstico precoce, tratamento, manejo do ambiente para controle do vetor e cuidados de saúde e higiene dos animais, na perspectiva de reduzir riscos de transmissão da doença nos seres humanos e nos animais (confira a programação abaixo).

A Leishmaniose Visceral é causada por um parasita do gênero Leishmania e transmitida pela picada de um inseto Lutzomya longipalpis infectado, conhecido como “mosquito palha”. Esses mosquitos vivem nas proximidades das residências, de preferência em locais úmidos com sombra e acúmulo de material orgânico, principalmente restos de alimentos, fezes de animais, folhas e frutos apodrecidos. Ele costuma picar os humanos e animais ao entardecer e durante a noite. Uma fêmea pode colocar de 40 a 100 ovos ao longo da vida e se alimenta de sangue humano e de animais.

Em humanos, a doença causa febre prolongada, anemia, emagrecimento, fraqueza, cansaço, aumento do baço e do fígado, diarreia e inflamação dos gânglios linfáticos. Em animais, ocorre a perda de apetite, emagrecimento rápido, diarreia, vômito, feridas no focinho, orelhas e na pele, queda de pelos e sangramentos intestinais.

A melhor maneira de se prevenir contra a Leishmaniose Visceral é mantendo a casa, quintal, canis, hortas e jardins limpos, evitando o acúmulo de matéria orgânica como folhas e frutos, fezes de animais e restos de comida.

Recomenda-se também não criar galinhas e porcos em ambientes urbanos. O uso de repelentes nos ambientes onde os insetos podem ser encontrados é recomendado também, assim como o uso de telas (malhas de 1mm) nas janelas e portas.

O diagnóstico e o tratamento da Leishmaniose Visceral Humana é gratuita no SUS. Ao constatar o aparecimento de sintomas, a unidade de saúde mais próxima deve ser procurada imediatamente.

Os animais também precisam de cuidados. Fique atento a saúde do cão, ao apresentar qualquer sintoma, leve-lo até o veterinário. Não abandone ou deixe-o solto na rua, ele pode ser infectado em locais onde há a doença. Use coleiras a base de deltametrina a 4% para protege-lo da picada do “mosquito palha”.

A Leishmaniose Visceral Canina é uma doença de notificação obrigatória, o médico veterinário que suspeitar deverá notificar o setor de controle de zoonoses e enviar o soro congelado para análise no Instituto Adolpho Lutz. O exame é gratuito.

Dúvidas podem ser esclarecidas pelo telefone (19) 3816-6666.

PROGRAMAÇÃO

Segunda-feira, 8 de agosto – colocação de cartazes: Agropecuárias, PET Shops e clínicas veterinárias – 8h às 17h.

Terça-feira, 9 de agosto – colocação de cartazes: Agropecuárias, PET Shops e clínicas veterinárias – 8h às 17h.

Quarta-feira, 10 de agosto – ação educativa: Espaço PET em frente ao Parque Mall – 9h às 11h / Espaço PET em frente ao supermercado Pague Menos – 14h às 15h30 / Feira Noturna próxima ao Barco – 19h às 21h30.

Quinta-feira, 11 de agosto – colocação de cartazes: UBS de Indaiatuba – 8h às 17h / Esclarecimento de dúvidas: prédio da dengue (R. José da Costa, 21) – 14h às 15h.

Sexta-feira, 12 de agosto – colocação de cartazes: Canil Municipal e ONGs (Upar, Anjos de Patas e Aprai) – 8h às 17h.

Sábado, 13 de agosto – ação educativa: Ponto Verde e UBS de Itaici – 9h às 17h.

Domingo, 14 de agosto – ação educativa: Espaço PET do Parque Ecológico – 9h às 17h.

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