A primeira captação de órgãos de 2022, no Hospital Augusto de Oliveira Camargo (Haoc), de Indaiatuba, ocorreu nesta quarta-feira (11/5). A paciente, uma mulher de 64 anos, sofreu um acidente vascular cerebral hemorrágico e, perante os protocolos que atestam a morte encefálica, a família autorizou a doação de órgãos.

Diante deste quadro, equipes do Hospital das Clínicas da Unicamp e do Banco de Olhos do Hospital Oftalmológico de Sorocaba foram acionadas. Fígado, rins e córneas foram os órgãos captados e destinados para pacientes que aguardam na fila de transplante.

O Haoc conta com uma Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), responsável por detectar possíveis doadores de órgãos e tecidos, viabilizar o diagnóstico de morte encefálica, criar rotinas para oferecer aos familiares de pacientes falecidos no hospital a possibilidade de doação de córneas e outros tecidos, entre outras prerrogativas.

O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado, intestino) ou tecido (córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, veias e artérias) de uma pessoa doente (receptor), por outro órgão ou tecido normal de um doador vivo ou morto.

A legislação em vigor determina que a família será a responsável pela decisão final em caso de óbito de um parente, não tendo mais valor a informação de doador ou não doador de órgãos, registrada no documento de identidade. Em vida é possível doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula e parte dos pulmões.

Após efetivada a doação, os órgãos vão para os pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada Estado e controlada pelo Ministério Público.

(Fontes: Haoc, Associação Brasileira de Transplante de Órgãos e Ministério da Saúde)

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