Por Patrícia Lisboa
A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Indaiatuba passa a contar com uma brinquedoteca, para acolher os filhos pequenos de vítimas de violência, no momento do registro da ocorrência. O espaço foi apresentado para autoridades e para a imprensa, em visita técnica, na manhã desta quinta-feira (4/11).
A DDM fica localizada na Rua Bernardino de Campos, 857, no Centro, ao lado da Delegacia Central. No local, também funcionava o 1º Distrito Policial, que foi transferido para o antigo prédio do Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT), no Parque das Nações.
Com a mudança, em abril, o prédio começou a ser reformado para melhorar as instalações para a DDM e foi incluído o projeto de construção da brinquedoteca.
“O espaço visa fazer com que a criança não fique com a mãe durante o relato de violência. Então, durante o registro da ocorrência, a criança ficará na brinquedoteca, que poderá ser vista pela mãe, da sala de atendimento, por um vidro”, explica o delegado titular da DDM de Indaiatuba, Adriano Carpino Prado.
“Com a brinquedoteca, a criança se distrai enquanto a mãe é atendida, ela não participa diretamente da narrativa de todo aquele sofrimento. E também se viu que a brinquedoteca tem todo um trabalho psicológico, social. A mãe é recepcionada e a criança também é acolhida, então, se sente mais segura e mais confiante de que alguém vai ajuda-las. Esse é o trabalho importante da brinquedoteca”, acrescentou o diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Estado de São Paulo Interior 2 (Deinter 2), o delegado José Henrique Ventura.
Os delegados acreditam que, com a melhora das condições de atendimento da delegacia, as vítimas de violência podem se sentir mais seguras com os serviços oferecidos e passar a procurar mais seus direitos em vez de ficarem acoadas.
Segundo o delegado titular da DDM de Indaiatuba, em média, são registrados 120 boletins de ocorrência referentes à violência doméstica por mês e são encaminhados ao Judiciário cerca de 50 pedidos de medidas protetivas mensalmente, em Indaiatuba.
A Guarda Civil, por meio do programa Caminho das Rosas, idealizado pela primeira-dama Tânia Castanho, faz a fiscalização do cumprimento das medidas protetivas. Para evitar descumprimentos das medidas, o programa disponibiliza o botão do pânico às vítimas de violência.
“O nosso objetivo é esse trabalho integrado. Então, fazemos a fusão das secretarias do município, nas suas portas de entrada, no social, na saúde, na segurança e aqui na própria DDM”, afirmou a primeira-dama, Tânia Castanho, que também é secretária municipal de Cultura.
“Essa integração dos órgãos, inclusive, é prevista na Lei Maria da Penha, para que se busque a erradicação da violência contra a mulher”, complementou o delegado titular da DDM.
“Desde o início do programa Caminho das Rosas, os nossos quadros numéricos estão sempre em constante subida, mas, o nosso combate à violência também cresce bastante. É bom que a mulher denuncie e que nós, como município, façamos o combate da violência de uma forma colaborativa e eficaz”, concluiu Tânia.
Além dos delegados e da primeira-dama, também participaram da visita técnica à DDM, nesta manhã, o prefeito Nilson Gaspar (MDB), o deputado estadual Rogério Nogueira (DEM), o presidente da Câmara, Jorge Luís Lepinsk (MDB), entre outras autoridades locais.