O maior acervo sobre a Revolução Constitucionalista de 1932, celebrada nesta quinta-feira (9/7), é mantido pela Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP). A mostra inclui armas, uniformes, objetos e documentos.

“Visitá-lo é interessante neste mês, para se conhecer detalhes e fatos históricos sobre o movimento paulista em favor de uma Constituição democrática, em contraposição ao governo de Getúlio Vargas”, salienta Artur Marques, presidente da entidade.

As peças ficam permanentemente expostas na Galeria Jorge Mancini, à Rua Venceslau Brás, 206, saguão, Sé – São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, exceto em feriados. Visitas monitoradas podem ser agendas pelos telefones (11) 3293-9568 ou 3293-9582.

Jorge Mancini, que dá nome à galeria, e cinco irmãos alistaram-se voluntariamente no Exército Constitucionalista. Depois do movimento, ele doou a maioria das peças históricas à AFPESP, à qual se associou em 1948.

O presidente da entidade, fundada em 1931, um ano antes da revolução, lembra a importância do marco em defesa da legalidade, da democracia e dos direitos individuais e coletivos. “A história da luta dos paulistas pode ser bem conhecida no nosso acervo”, ressalta.

AFPESP abre ao público o acervo sobre a Revolução de 32 (Foto: Divulgação/AFPESP)
AFPESP abre ao público o acervo sobre a Revolução de 32 (Foto: Divulgação/AFPESP)

CERIMÔNIA

Na manhã desta quinta-feira (9/7), feriado no Estado de São Paulo, houve um desfile cívico-militar em celebração aos 92 anos da Revolução Constitucionalista de 1932. A cerimônia foi realizada no Parque do Ibirapuera, na capital, em frente ao Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32, em homenagem à luta dos paulistas pela redemocratização do país após o golpe de Estado de Getúlio Vargas, em 1930.


Solenidade Alusiva ao 92º Aniversário da Revolução Constitucionalista de 1932, na Capital, hoje (Foto: Marcelo S. Camargo/Governo do Estado de SP)
Solenidade Alusiva ao 92º Aniversário da Revolução Constitucionalista de 1932, na Capital, hoje (Foto: Marcelo S. Camargo/Governo do Estado de SP)

HISTÓRIA

A cerimônia é organizada anualmente pela Polícia Militar no feriado estadual de Nove de Julho, em frente ao Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32. O local abriga os restos mortais dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, assassinados em 23 de maio de 1932 por tropas federais durante uma manifestação a favor de uma Assembleia Nacional Constituinte e o restabelecimento da democracia.

A morte dos quatro jovens deu início à mobilização que culminou com o levante iniciado em 9 de julho de 1932, quando combatentes constitucionalistas iniciaram a defesa de São Paulo contra o avanço das tropas federais. O maior conflito do século 20 no Brasil reuniu civis e militares paulistas em combates armados contra as forças getulistas, com apoio maciço da população de São Paulo.

No dia 2 de outubro de 1932, o confronto na capital e no interior terminou com a rendição das tropas paulistas, mas se tornou símbolo da resistência de São Paulo em defesa da Constituição e da democracia. A Revolução Constitucionalista levou Getúlio Vargas a convocar uma Assembleia Constituinte e reabrir o Congresso, com eleições gerais em 1934.

MAUSOLÉU AOS HERÓIS DE 32

O Mausoléu é o local de sepultamento de mais de 700 combatentes paulistas mortos na Revolução de 1932. O projeto do maior monumento da cidade de São Paulo é do artista plástico ítalo-brasileiro Galileo Ugo Emendabili, com construção em mármore travertino capitaneada pelo engenheiro alemão Ulrich Edler.

Também conhecido como Obelisco do Ibirapuera, o Mausoléu foi inaugurado em 9 de julho de 1955. Tem 72 metros de altura e ocupa uma área de 1.932 metros quadrados.

Mausoléu é o local de sepultamento de mais de 700 combatentes paulistas mortos na Revolução de 1932 (Foto: Marcelo S. Camargo/Governo do Estado de SP)
Mausoléu é o local de sepultamento de mais de 700 combatentes paulistas mortos na Revolução de 1932 (Foto: Marcelo S. Camargo/Governo do Estado de SP)

(Com informações do Portal do Governo de SP)

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