Cultura

Núcleo Musical Nabor Pires Camargo abre inscrições para sete modalidades em fevereiro

Fundado em maio de 2022 com a finalidade de promover educação musical como forma de valorizar, difundir e preservar a cultura local relacionada ao choro, jazz, samba e MPB (Música Popular Brasileira), o Núcleo Musical Nabor Pires Camargo abre novas vagas. Os interessados devem comparecer ao Casarão Cultural Pau Preto de 6 de fevereiro a 5 de março. Com aulas gratuitas, o projeto é promovido pela Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.

“O Núcleo Nabor foi inaugurado em 2022 e reuniu 96 alunos em cursos dos mais variados instrumentos relacionados ao choro, samba, jazz e MPB”, destaca a secretária municipal de Cultura, Tânia Castanho. “Este ano, esperamos reunir um número ainda maior de alunos, preservando e difundindo a vida e obra deste grande ícone da música municipal e nacional, que é Nabor Pires Camargo”.

Serão oferecidas mais de 200 vagas para pessoas a partir dos 10 anos de idade completos nas seguintes modalidades: cavaquinho, flauta transversal, saxofone, bandolim, clarinete, percussão e violão 7 cordas. Não é necessário ter experiência, porém, é importante ter o instrumento musical para realizar as aulas.

Os interessados devem comparecer ao Casarão, que fica na Rua Pedro Gonçalves, 477, Centro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, portando CPF, RG e cópia de um comprovante de endereço. Menores de idade devem ser acompanhados pelos pais ou responsável legal, que também devem apresentar RG ou CPF.

Além das aulas de instrumentos, os alunos das oficinas também terão aulas de teoria musical e prática de conjunto. Os horários dessas matérias serão apresentados aos interessados durante o processo de matrícula. Mais informações pelo telefone (19) 3875-8383.

Professores e alunos do Núcleo Musical Nabor Pires Camargo (Foto: Divulgação)

NABOR PIRES CAMARGO

Nabor Pires Camargo nasceu em 9 de fevereiro de 1902 no município de Indaiatuba, mais precisamente na casa número 16 da Rua 15 de Novembro. Já em 1912 foi admitido como clarinetista da banda infantojuvenil regida pelo maestro José Lopes dos Reis, o “Dunga”, durante a administração do prefeito Major Alfredo Camargo Fonseca e sete anos depois, Nabor tornou-se maestro da banda. Em 1921, transferiu-se para São Paulo, e ali deu início aos estudos de música no Conservatório Dramático-Musical de São Paulo.

Nos primeiros tempos na capital, foi clarinetista da Banda do 4º B.C. do Exército (durante o serviço militar); empregado da Companhia de Estrada de Ferro Santos-Jundiaí (a “Inglesa”); clarinetista da Banda da Lapa; clarinetista da orquestra do Cine São Bento e do Cinema Olímpia. Fez amizade com o jornalista e poeta Dieno Castanho, iniciando com ele, a partir do maxixe Mamãe Me Leva, uma longa parceria em suas composições.

Em 1923, passou a atuar em programas na Rádio Record. Em 1930, foi escolhido “Melhor Clarinetista de 1930”, prêmio concedido pela Gazeta Esportiva. Gravou seu primeiro disco no estúdio da Victor da Praça da República, com as composições Matando Saudades e Caindo das Nuvens.

Na década de 1930 intensificou suas atividades como músico nas emissoras de rádio: entre 1933 e 1937, participou da orquestra e do grupo regional de música da Rádio Educadora; em 1937, integrou a Orquestra Sinfônica da Rádio Tupi; também foi músico na Rádio Gazeta e na Rádio e Televisão Nacional.

Além disso, integrou a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo (oficializada no final da década de 1940). Também em 1930, junto a Acrísio de Camargo compôs o Hino Indaiatubano em homenagem ao primeiro centenário de Indaiatuba.

Em 1947, iniciou os primeiros entendimentos com a Editora Irmãos Vitale para a elaboração e publicação de um método para clarineta. Este método é utilizado até os dias de hoje entre os professores e estudantes desse instrumento.

Em 1967, aposentou-se pelo Departamento de Cultura do Município de São Paulo, órgão ao qual estava subordinada a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. Retornou a Indaiatuba em 1985, aqui permanecendo até o final daquela década, quando transferiu-se para Mococa. Faleceu em 3 de outubro de 1996, aos 94 anos, deixando a esposa, Dona Cleonice (com quem se casou em 1934), e a filha única, Marizaura.

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