Indaiatuba: parte dos leitos exclusivos para a covid-19 no SUS é convertida para outras doenças

Por Patrícia Lisboa

Parte dos leitos exclusivos para pacientes com covid-19 ou com sintomas de síndrome respiratória, no Hospital Augusto de Oliveira Camargo (Haoc) – único que atende pelo SUS, em Indaiatuba – foi transferida para o atendimento de pacientes com outras doenças, desde o início deste mês. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde após questionamento feito pela reportagem do DROPES.

Na enfermaria, eram 60 leitos para pacientes com covid-19 desde o ano passado. No início deste mês, foi feita a redução para 40 vagas. A partir do dia 1º de outubro, mais 20 leitos serão convertidos para outras doenças, sobrando 20 leitos exclusivos para pacientes com covid-19 ou com sintomas de síndrome respiratória.

Na próxima semana, também será feita uma reorganização na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O total de leitos para a covid-19 será reduzido de 24 para 20, com a transferência de quatro leitos para outras doenças.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a reorganização dos leitos está sendo feita gradativamente, com a diminuição dos casos de covid-19 e das internações por causa da doença na cidade, que são reflexos do avanço da vacinação da população contra o coronavírus.

PERÍODO CRÍTICO

Por causa da disparada dos casos de covid-19, os leitos exclusivos para pacientes com a doença chegaram a esgotar e filas de espera por vagas se formaram, no SUS (e na rede particular), em Indaiatuba. Para atender a demanda de pacientes com necessidade de internação, a Secretaria Municipal de Saúde precisou contratar leitos de UTI em hospitais particulares da região. A contratação dos leitos de UTI foi feita dia 1º de dezembro do ano passado e só foi encerrada dia 21 de agosto deste ano – período mais crítico da pandemia no muncípio.

Os leitos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA-24h) também chegaram a ser totalmente remanejados para atender pacientes com a covid-19, mas, já estão sendo redistribuídos para atender pacientes com outras doenças, além de sintomas respiratórios.

Porém, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, as adequações estão sendo feitas constantemente, de acordo com as demandas de casos respiratórios e gerais.

Para reforçar a equipe da UPA, no atendimento aos pacientes com covid-19, em junho, a Secretaria Municipal de Saúde transferiu para lá os médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem da Unidade Básica de Saúde (UBS) 9, localizada no Centro, do Posto de Saúde da Família (PSF) do Jardim do Sol e do PSF do Jardim Brasil.

Sem as equipes, os atendimentos médicos nos três postos acabaram suspensos a partir de 8 de junho e só foram retomados no dia 1º de agosto deste ano. A reabertura das unidades também só foi possível com a diminuição dos casos de covid-19.

ÍNDICES DA COVID-19

Indaiatuba completa, hoje (25/9), nove dias seguidos sem morte por covid-19 e foram confirmados 24 novos casos da doença. Do início da pandemia até agora, a cidade soma 784 mortes e 31.529 casos da doença. Do total de pessoas que contraíram a covid-19, 30.731 são consideradas curadas ou estão em recuperação domiciliar.

Hoje, há 31 pessoas com sintomas de síndrome respiratória internadas nas alas para a covid-19, no sistema de saúde de Indaiatuba, e 14 delas já têm diagnóstico confirmado para a doença. Do total de internados, 13 estão em enfermarias e 18 estão em UTIs.

As taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 42% no Hospital Augusto de Oliveira Camargo (Haoc) e de 57% no Hospital Santa Ignês, da rede privada. Nas enfermarias, os índices de ocupação são de 17% no Haoc e de 38% no Hospital Santa Ignês.

Até às 17h de hoje, 146.740 pessoas já tinham a imunização completa contra a covid-19, com a primeira e a segunda doses tomadas ou com a dose única – que correspondem a 56,28% do total de 260.690 habitantes da cidade, segundo estimativa populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O reforço da terceira dose já tinha sido aplicado em 1.735 pessoas também até às 17h de hoje.