Economia

Especialista alerta para erros financeiros que se deve evitar no fim do ano

O final do ano é uma época repleta de celebrações, festividades e momentos especiais com amigos e familiares. No entanto, essa temporada festiva também é frequentemente marcada por despesas extras, compras de presentes e viagens, o que pode levar muitas pessoas a enfrentarem desafios financeiros no início do próximo ano.

Fernanda Fabiana Nunes Ribeiro, coordenadora dos cursos de Ciências Contábeis da Faculdade Anhanguera, destaca a importância de analisar a necessidade das compras de fim do ano. “É um período que estamos mais emotivos e com o décimo terceiro na conta, o que faz com que as pessoas tenham a sensação de que a renda está maior e vem automaticamente o impulso de comprar algo”. 

Para evitar acúmulo de dívidas desnecessárias neste momento, Fernanda recomenda fazer um levantamento da situação financeira da pessoa e da família, priorizando primeiro o pagamento das dívidas antes de qualquer compra. “Se tem uma dívida tem que assumir, não adianta entrar em desespero, as pessoas devem procurar os credores para fazer as negociações, e, atualmente, existem diversos feirões de negociação para parcelamentos, mas é importante tomar cuidado com parcelas muito altas”.

Fernanda Ribeiro ressalta ainda que os principais erros que os brasileiros cometem no fim do ano são os excessos. “Ao invés de presentear todo mundo, faça uma lista com as pessoas que você quer mimar e tente dar um presente que seja significativo se atentando ao preço. Outro cuidado é com a compra de alimentos muito caros para as ceias; historicamente o brasileiro gosta de mesa farta, e é muito comum passarmos uma semana com aquelas comidas nesse período, portanto, ser cauteloso é fundamental. E para pessoas que ainda não se programaram para viajar no fim de ano, é importante que pesquisem os preços, qual destino vale mais a pena e se encaixa com seu orçamento, para evitar dívidas”.

No quesito poupar dinheiro, a especialista explica que o ideal é que cada família ou indivíduo tenha de 6 a 12 meses do orçamento mensal como reserva em caso de alguma necessidade ou imprevisto como perda do emprego. 

Nesse sentido, Fernanda sugere fazer investimentos, ou seja, quando conseguimos separar uma parcela dos ganhos para colocar numa aplicação, que terá um rendimento.

Por fim, a coordenadora dos cursos de Ciências Contábeis ressalta que é importante cada um saber o quanto ganha. “Alguns indivíduos acabam confundindo seus rendimentos com o crédito que têm no cartão, trazendo a percepção de que recebem muito mais. Então é preciso analisar e colocar em primeiro lugar as contas que têm que pagar, sonhos a realizar, produtos que almeja comprar e organizar tudo isso em uma planilha”.

Patricia Lisboa

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