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Com calor, consumo de água tratada sobe 17%, aponta o Saae

O Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae) de Indaiatuba registrou um aumento no consumo de água em razão das altas temperaturas desde a semana passada. O consumo, que já estava acima da média anual mesmo nos períodos mais frios, teve um aumento de 17%.

“Sem chuvas expressivas desde abril deste ano e enfrentando um inverno seco e com baixa umidade do ar, os mananciais estão com seus volumes diminuindo a cada dia e o aumento do consumo piora ainda mais essa situação”, explica o Saae.

Neste inverno choveu cerca de 300 milímetros a menos que o mesmo período de 2020, o que equivale a menos 37% de água para abastecer os mananciais.

“Além disso, o calor excessivo faz com que as pessoas gastem água em maior quantidade e, muitas vezes, sem responsabilidade, comprometendo os recursos hídricos”, observa a autarquia.

O Dados do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) apontam que a média de chuva da região de Campinas está 30% abaixo do esperado para o período, situação pior que em 2014.

“Num cenário de chuvas abaixo da média histórica desde o início do ano, é imprescindível que todos nós adotemos medidas práticas no dia a dia para reduzir o consumo de água. O Saae por meio de Campanhas aborda o quanto o uso da água deve ser repensado, para que não nos falte. Nunca é tarde para economizar água e precisamos da conscientização de todos sobre o uso consciente dos nossos recursos hídricos”, alerta o superintendente do Saae, Pedro Claudio Salla.

O Consórcio PCJ (Consórcio formado pelos municípios das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), do qual Indaiatuba faz parte, disponibilizou um boletim sobre a disponibilidade hídrica nas Bacias PCJ, com o comportamento das precipitações de chuvas no último mês de julho e seu impacto no balanço hídrico da região.

O documento mostra que, se permanecer o comportamento climático atual, o Sistema Cantareira, importante reserva de água para as Bacias PCJ e para a Grande São Paulo, deverá chegar em dezembro de 2021 com apenas 20,20% do seu volume útil.

O Consórcio PCJ atenta que o momento é de alerta e que as precipitações abaixo da média vêm sendo verificadas nos últimos quatro anos e, em 2021, uma intensidade ainda maior.

O Saae de Indaiatuba dispõe de sete mananciais para abastecimento: a Represa no rio Capivari-Mirim, Córrego do Barnabé, Represas do Morungaba e do Cupini, Ribeirão Piraí, Córrego do Batatinha e rio Jundiaí. A represa do Capivari-Mirim está com 57% da sua capacidade.

Como em diversas outras cidades, Indaiatuba está sentindo o impacto desta severa estiagem, como um diferencial, o investimento do município que garante a segurança hídrica e o abastecimento de Indaiatuba, entre eles, a barragem do Rio Capivari-Mirim, ampliação em quase 100% na reserva de água tratada e ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA III) no bairro Pimenta.

Patricia Lisboa

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